O câncer de próstata é a neoplasia mais comum entre os homens. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, em 2014, foram mais de 68 mil novos casos. Se diagnosticada precocemente, apresenta grande possibilidade de cura. O rastreamento, realizado de forma adequada com um urologista, é a principal forma de prevenção dos danos que a doença pode causar. Porém, muitos homens adotam outras medidas, muitas sem eficácia comprovada, para preveni-la.
É comum ler artigos e notícias que apontam a alimentação como forma de prevenção do câncer de próstata. Uma substância presente no tomate, o licopeno, e a castanha-do-pará, com as substâncias vitamina E e selênio, seriam os principais representantes desse grupo.
No entanto, estudos clínicos não confirmam o efeito preventivo de nenhuma dessas substâncias. Especialistas discutem até a possibilidade de uma correlação entre a maior incidência do câncer de próstata após uso de alguns suplementos dietéticos. Alguns fatores, como obesidade e sedentarismo, parecem se relacionar, no entanto, à chance maior de desenvolvimento do câncer de próstata.
Assim, sem uma comprovação clínica do efeito preventivo dos alimentos sobre o câncer de próstata, o diagnóstico precoce com um urologista continua sendo a principal forma de prevenção dos malefícios dessa doença. Homens a partir de 50 anos (45 para negros e os que apresentarem histórico familiar da doença) devem realizar o exame, que consiste na dosagem sanguínea de PSA e no toque retal.