A remoção total da próstata e das vesículas seminais, podendo-se retirar alguns gânglios regionais, tem o nome de prostatectomia radical.
Após a remoção da próstata deve-se reconstituir o trânsito da urina, por meio de uma anastomose (“emenda”) entre a bexiga e a uretra. Para que essa anastomose cicatrize, nos primeiros dias há necessidade de uso de sonda vesical por um período aproximado de 7 a 10 dias.
A prostatectomia radical foi feita inicialmente por via aberta, com uma incisão abaixo do umbigo, mas nos últimos anos, as vias menos invasivas têm-se mostrado seguras e com isso ganharam popularidade, sendo elas a prostatectomia radical laparoscópica e a prostatectomia radical robótica.
Nesses dois tipos de abordagem, é removida exatamente a mesma peça cirúrgica em relação à cirurgia aberta, mas como as incisões são pequenas (5 a 11mm), a recuperação do paciente tende a ser mais breve, com retorno mais precoce ao trabalho, menos dor pós-operatória, menos perda sanguínea durante a operação e melhor resultado estético.
A prostatectomia radical, por qualquer técnica empregada, terá uma possibilidade de cursar com incontinência urinária e disfunção erétil (perda total ou parcial da rigidez peniana) no pós-operatório. Essas chances dependem das características do paciente (idade, peso, uso de cigarro, hipertensão, diabetes, etc.) e da doença. Dependem também da técnica cirúrgica. Quando os nervos ao redor da próstata podem ser preservados, as chances de incontinência e de disfunção erétil são menores.
Esta é uma orientação geral que serve como um “check list” para o paciente. Não substitui a orientação pessoalmente dada pelo médico assistente e deve ser individualizada de acordo com características do paciente, de sua doença e da operação programada.