O câncer de bexiga é o quarto mais comum entre os homens e o nono entre as mulheres. Nos últimos anos, apesar do aumento na incidência de tumores de bexiga, houve também importantes avanços no tratamento da doença.
A grande maioria dos tumores de bexiga origina-se no urotélio, que é a camada que recobre a bexiga e os ureteres. A maior parte destes fica confinada à mucosa e submucosa (tumores superficiais), não havendo o comprometimento da musculatura (tumores infiltrativos).
Alguns importantes fatores de risco são o uso de cigarro e o contato om produtos químicos, como solventes, sem proteção adequada. Só para se ter uma ideia, o fumo está relacionado a 50% de todos os casos da doença nos Estados Unidos.
O principal sintoma de tumores na bexiga é a perda de sangue na urina, chamada de hematúria, que pode ser micro ou macroscópica, ou seja, visível somente no microscópio ou a olho nu. Outros sintomas relacionados são aumento da frequência urinária, dificuldade em urinar e urgência em urinar. Em casos mais avançados, podem aparecer também anemia e emagrecimento.
Muitos desses sintomas podem ser considerados condições normais para algumas pessoas. Ou então, podem indicar problemas em outras partes do corpo. Por exemplo, a perda de sangue na urina pode decorrer de infecção urinária ou de cálculos renais (pedras nos rins). Assim, alguns tipos de exames são necessários para o diagnóstico adequado do câncer de bexiga. Tomografia computadorizada, ultrassonografia, ressonância magnética e urografia excretora são alguns dos métodos para avaliar a presença de tumores. Já a endoscopia urinária (cistoscopia) é outro importante exame diagnóstico que permite a visualização interna da bexiga e a coleta de material para biópsia.
Diagnosticado o problema, o paciente deve se submeter aos principais tipos de tratamento disponíveis para o câncer de bexiga, que são indicados de acordo com o estágio da doença. Tumores superficiais normalmente são tratados com ressecção endoscópica das lesões, sem cortes. Em caso de recorrência ou progressão para tumores invasivos, após a cirurgia endoscópica, o tratamento é realizado por meio de medicamentos intravesicais (BCG e quimioterápicos).
Em outros casos de tumores invasivos, a cistectomia radical deve ser aplicada, com a retirada total ou parcial da bexiga juntamente com algumas estruturas do sistema reprodutor, tanto do homem quanto da mulher. Em caso de retirada total, a reconstrução da via urinária ocorre no mesmo momento da cirurgia.
O sinal de alerta para a presença de câncer de bexiga é o sangramento na urina (hematúria) sem causa aparente. Portanto, sempre que houver hematúria, o paciente deve ser avaliado por médico para esclarecimento de sua causa.