Um estudo realizado nos Estados Unidos e na Europa com mais de 13 mil pacientes apontou algumas relações entre a prostatectomia radical com preservação de nervos e o tempo de recuperação da continência urinária.
Os resultados mostraram que pacientes que realizaram o procedimento com a preservação dos nervos apresentaram resultados positivos na recuperação da continência urinária a curto prazo, num período de seis meses após a cirurgia. Após esse tempo, os resultados foram os mesmos entre pacientes que realizaram a prostatectomia radical com e sem a preservação de nervos.
Alguns aspectos não foram levados em consideração na avaliação, como o tipo de abordagem cirúrgica, recuperação da continência, comparações entre os procedimentos laparoscópico e aberto e o mecanismo de ação do controle urinário em pacientes que já se submeteram à prostatectomia radical com preservação de nervos.
Apesar das limitações da pesquisa e da ausência de dados randomizados sobre o caso, é importante a realização de novos estudos para o desenvolvimento de técnicas cada vez menos mórbidas para os pacientes.
De acordo com as conclusões do estudo, os urologistas devem considerar a preservação de nervos durante a prostatectomia radical mesmo em pacientes que não tenham função erétil, já que assim poderá haver algum benefício na recuperação precoce de continência urinária.